As Três Irmãs

⭐⭐⭐⭐⭐ Que saborosa série esta As Três Irmãs ! O idioma não foi obstáculo, tampouco a maneira seca de interpretar dos sul coreanos. A trama bem construída gira em torno de duas famílias : as irmãs que sempre tiveram uma vida simples e se consideram pobres, para os padrões sul coreanos, aqui no Brasil uma classe média, e a família abastada , um clã que se construiu na lavagem de dinheiro e especulação financeira. O fato é que muito se fica sabendo sobre a maneira de viver dos sul coreanos, além de acompanhar um drama inteligente , que surpreende a todo momento. Uma jornalista que se projetou pela coragem  ao cobrir a tragédia do furacão Catrina. Uma contadora que sonha com a riqueza. Uma jovem artista plástica. Um prefeito obcecado pelo poder, capaz de matar e roubar. Uma orquídea com efeitos alucinógenos para quem aspira seu perfume, cuja história é revelada lenta e misteriosamente. Tudo isso e muito mais vale conferir nessa série, que mostra uma Coréia do Sul sem muitos contrastes sociais. 


A forma contida de representar dos atores , leva a outros parâmetros  nossa forma de analisar suas performances. São outros os olhares, as emoções não transbordam, tudo parece contido. Um único beijo discreto durante toda a série foi trocado por um dos casais protagonistas. Nada de pares que permanecem juntos mesmo se amando. Nos últimos episódios algum exagero na solução de conflitos: a resposta para o mistério de uma morte que passou a ser o fio condutor da trama me pareceu um pouco  fantasiosa. Mas é Coréia do Sul, a pele de todos parece brilhar em cena, a lembrança da guerra do Vietnã  volta e meia é lembrada, chinelos rotineiramente são calçados sempre em cenas  dentro de casa. Uma certa ingenuidade não calculada  do roteiro ,   faz dessa série uma das surpresas deste ano na Netflix.

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