OUTLANDER uma viajem no tempo entre Escócia , Inglaterra e EUA

⭐⭐⭐⭐⭐ Vale a pena assistir todas as longas  temporadas da série britânico-americana Outlander? Sim. Mesmo que na metade das temporadas você sinta que está cansada de ver Jamie Fraser , o galã da série, fazer sempre a mesma cara. O lado esquerdo dos lábios é suspenso levemente num sorriso de canto quando está assertindo sobre alguma coisa, concordando ou mesmo sendo simpático. Sam Roland Heughan , quase não sorri durante a série, sómente aquele esgar de boca, que acaba convencendo. Isso denota um pouco falta de expressividade, coisa que também se sente na atriz Caitriona Balfe, que faz a Claire, parceira de Jamie na trama nas primeiras temporadas. Sua expressão de complacência ou compaixão para quase todas as cenas meio que cansa, mas tudo bem. Acabamos nos acostumando, afinal quando convivemos com temporadas longas levamos estes personagens para casa e consequentemente acabamos acostumando com as nuances que os atores conferiram a estes personagens na maneira de ser. 

Claire , a médica,  é a que primeiro viaja no tempo sem se dar conta, vai parar na Escócia , em 1700 e algo, sem entender nada. Mais adiante a filha de Claire  aventura-se a passar pelas pedras que transportam através dos séculos, indo ao encontro da mãe. Segue-se o pretendente e apaixonado da moça que também viaja duzentos anos . A princípio resistimos a essa ficção que parece meio maluca, contrastando com o drama sério da história, mas no final das contas acaba sendo natural esse processo de ir e vir no tempo. Conta-se durante as cinco temporadas quantas vezes a médica foi e voltou, algumas poucas e raras vezes. Nos tempos antigos a médica cirurgiã,  torna-se no princípio uma curandeira, muitas vezes chamada bruxa, no decorrer da série passa a ser respeitada como mestre nas artes da cura e assistência a doentes. O casamento com Jamie, no início forçado, é a grande história de amor que alinhava os episódios  , dando a trama uma delicadeza e sensualidade. Uma série rica em personagens de personalidade carismática. Um enredo que mistura história, aventura  e romance. Valeu a pena assistir toda a série. 

A impressão que temos é que no final da quinta temporada a série acaba. Claire sofre um estupro  coletivo sendo apoiada por Jamie, numa linda cena onde os dois desnudos se abraçam ternamente. Por sinal as cenas quentes de sexo não acabam mesmo com os protagonistas já estarem cinquentões. Afinal de contas o corpo atlético de Jamie é um colírio para os olhos assim como o de Claire. Mas no decorrer da trama a médica Claire, que sempre está correndo atrás de compensar a falta de medicamentos que no seu tempo eram de  uso corrente, como a penicilina, as seringas, começa a ter ataques de pânico por conta do trauma sofrido com o  estupro.  Ela que já foi perseguida por bruxaria anteriormente, foi alvo da violência também por conta dessa fama. No seu pânico escuta vozes que a chamam de Dr. Rawling, pseudônimo que utilizou para publicar orientações médicas para mulheres sobre anticoncepção e cuidados para a saúde sexual feminina. Publicações que eram vistas como anticristãs. 

Enriquecedor na trama também,  conhecer como se deram os conflitos entre índios e civis na formação do que se tornaria a América da Norte.




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